Palavras Ocultas

segunda-feira, setembro 26, 2005

Um livro a ler

"Os Filhos da Droga"- Christiane F. (Christiane F. – Wir Kinder vom Bahnhof Zoo)



Esta história é excepcional não se encontra apenas em folhas presas é uma realidade no mundo que nos rodeia, é um relato cruel de uma vivência plena de experiências com sabor a amargo. O livro retrata a história de Christiane Vera F., uma jovem com uma relação familiar deformada, que acaba por envolver-se no deplorável mundo da droga passando por prostituição, roubos, etc.
É um livro que acaba por abordar vários aspectos, muitos deles consequência de uma sociedade pouco humanizada. Os filhos da droga é um excelente livro para todas as idades, é um bom livro para despertar consciências. O enorme êxito, a nível mundial do livro levou-o a ser adoptado ao cinema ("Eu, Christiane F, Treze Anos, Drogada, Prostituída")
A leitura deste drama ensina que o caminho que leva à droga não é traçado pelas excentricidades de uma categoria particular de crianças e adolescentes essencialmente marginais, mas por todo um conjunto de problemas estreitamente relacionados vivenciados numa sociedade dita normal.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Palavras Mortas

E só serão palavras...

Palavras ocultas,
palavras mudas,
palavras ditas meramente no momento...

E porque as palavras são fortes,
os toques são sensiveis,
as almas estremecem
os corpos buscam...

O coração geme!!


E depois?

São simplesmente palavras...
Palavras mortas no tempo

Palavras Gastas pelo Mau Uso

Diz-me se essa palavra aí não está singularmente vestida e poderás ver todas as minhas nuas antes das coisas que medito as terem coberto com uma libré. É uma vergonha que a maior parte das nossas palavras sejam instrumentos de que se fez, outrora, mau uso e que, muitas vezes, conservem o cheiro da imundície em que as emporcalharam os anteriores proprietários. Quero trabalhar com palavras novas ou então - tenho necessidade para isso de menor ar do que uma ave exala nos seus cantos - nunca mais falar, a não ser de mim para mim, por toda a eternidade.

Georg Lichtenberg, in 'Aforismos'